Voltando, vamos falar de coisas boas: corridas. Eu gosto
muito de correr em trilhas mas o problema é que me minha cidade, Natal – RN, praticamente
não existem parques, digo praticamente porque temos dois, mas nenhum oferece
condição para se correr com segurança. Mas quem corre sabe que “tem que dar um
jeito”. A maioria do meus colegas treinam em terreno misto, ou seja, parte trilha
ou terra e parte asfalto. Treinar apenas no asfalto pode aumentar as lesões já
que o terreno é mais duro e os impactos frequentes forçam mais a estrutura
muscular e os tendões, principalmente o joelho. Encontrei algumas dicas no site
Minha Vida e vou compartilhar com vocês:
O
treino nunca é o mesmo
Uma das principais vantagens de correr em trilhas é a paisagem. Entrar em
contato com elementos da natureza enquanto faz uma atividade física pode ser
até mais revigorante e agradável do que praticar exercícios na cidade ou na
academia. “Em uma corrida de trilha há sempre uma variação na paisagem, mesmo
se a corrida for feita exatamente no mesmo percurso. Há grandes mudanças nas
cores dependendo do clima, do horário e da época do ano”, diz George Volpão.
Corrida
mais intensa
Estudos realizados nos Estados Unidos mostraram que correr trilha queima, em
média, 28% mais calorias do que no asfalto. Isso acontece por que o corpo
precisa trabalhar um maior número de músculos durante o trajeto porque o piso
de terra, lama e pedras de uma trilha faz nossas pernas e quadril ter um
trabalho maior. “É muito comum ficar com dor no quadril depois de uma corrida
em trilha, já que os músculos dessa região são poucos trabalhados em outros
tipos de corrida. Depois de um tempo praticando trilha, a musculatura se
fortalece e o desconforto diminui”, diz George.
Menos
lesões
Em uma trilha, cada vez que o pé toca o solo, uma variedade diferente de
músculos é acionada, devido às irregularidades do solo. Por ser um exercício
com pouca repetição de movimentos, as articulações, tendões, ossos e músculos
ficam mais protegidos de lesões comuns no treino feito na cidade. “O piso mais
macio também protege nossas articulações de impactos que causariam lesões”,
comenta George.
Mesmo
assim, algumas lesões podem acontecer e é preciso ficara tento. Como o piso é
muito irregular e muitas vezes é fofo, as torções são mais comuns nas corridas
de trilha, principalmente para os corredores urbanos que começam com um ritmo
muito acelerado sem estarem preparados. “O maior perigo de lesões em uma trilha
são as quedas, que acontecem basicamente quando corredores não mudam o ritmo em
uma descida. Os tornozelos e os punhos são os locais mais afetados, já que há o
instinto de colocar a mão para tentar amortecer o impacto”, diz George Volpão.
Comece
devagar
Como a corrida em trilha possui características diferentes da que é feita na
cidade, mesmo um corredor já acostumado com grandes distâncias no asfalto
precisa começar com calma. Ele não deve se preocupar com a distância
percorrida, e sim com o tempo de exercício. “Como em uma trilha há uma variedade
de elementos que fazem o nosso corpo trabalhar mais, como mudanças no tipo de
piso, subidas e descidas, curvas, rios e obstáculos no meio do caminho, os
músculos fazem um esforço maior se comparado à mesma distância percorrida nas
ruas planas da cidade”, diz o montanhista.
Preocupação
com os assessórios
Durante um treino na trilha é importante lembrar que dificilmente você irá
encontrar lojas de equipamentos para ajudar nos momentos de necessidade. Por
isso, é importante sair de casa com todos os acessórios indicados para manter o
ritmo elevado e não passar por dificuldades. Uma mochila ou pochete com uma
garrafa de água, uma barrinha ou um gel energético e uma fruta não pode faltar
no kit de quem está se preparando para correr em uma trilha.
A escolha
do calçado adequado também é fundamental. “Para correr em uma trilha, onde o
piso é muito irregular e também existem muitas subidas e descidas, o calçado
feito para corridas no asfalto não é indicado. É preciso usar um tênis que
tenha um cano um pouco mais alto, principalmente na parte de traz no tornozelo,
para deixar o pé firme e evitar torções”, diz George Volpão. Esse tipo de
calçado não costuma ser muito mais caro do que o de corrida normal.
Conheça
o percurso
Principalmente para quem está começando, é importante saber quais as surpresas
que o seu trajeto pode trazer. “Os iniciantes devem optar por trilhas mais
planas, não tão longas e devem saber a hora de parar e voltar”, diz o
esportista. Segundo George, muitas pessoas se empolgam na hora de fazer uma trilha,
e acabam ficando muito longe do caminho de volta. “Em uma trilha, nunca podemos
esquecer que o caminho de volta será feito a pé, e não podemos pegar um táxi
para voltar para casa”.
Hora
certa para correr
Correr muito cedo ou quando sol está se pondo, horários bastante populares para
fazer uma corrida na cidade, não são os mais indicados para fazer uma trilha.
No escuro, fica mais difícil ver as irregularidades no piso, o que facilita
torções, quedas e machucados. Além disso, se a trilha for muito fechada, com
pouca iluminação fica mais fácil se perder. “Como as mudanças no piso são
constantes, o corredor de trilha deve sempre pensar nos próximos três passos
que dará para preparar o corpo e fazer o movimento certo. No escuro, isso fica
mais difícil”, diz o especialista.
Trabalha
a coordenação
A trilha trabalha a nossa percepção de como o corpo se move e onde ele se
encontra, ou seja, nossa coordenação motora e nossa concentração. “Com tantos
estímulos diferentes, sejam eles visuais, táteis, sonoros ou olfativos, durante
um treino, o nosso corpo com o tempo fica mais ágil e mais resistente a caminhadas
e corridas, mesmo quando elas voltam a ser feitas no asfalto”, explica George
Volpão.
Treine
para se recuperar
A menor velocidade, se comparado à corrida de rua, faz do treino na trilha um
bom lugar para se recuperar articulações e músculos de um treino mais intenso
feito no dia anterior. “Não é preciso ir muito longe para encontrar uma trilha
para correr. A maioria dos parques nas grandes cidades tem trilhas para esse
fim. Para quem está começando ou está se recuperando de alguma lesão, essas
trilhas menos extensas são uma ótima opção”, diz George Volpão.
Fontes: Site Minha Vida
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